Desde 1965 um grupo de programadores, Ken Thompson,
Dennis Ritchie, Douglas McIlroy e Peter
Weiner, pertencentes à "American Telephone & Telegraph",
(AT&T), da "General Electric", (GE) e do "Massachusets Institute
of Technology" (MIT), em um esforço dos "Bell Labs", tinham se
reunido para o desenvolvimento de um sistema operacional que fosse
pequeno e simples,
que pudesse ser programado facilmente, multitarefa, executando
dezenas de processos simultânea e sequencialmente e tão rápido que
dão a impressão que ocorrem ao mesmo tempo, o que o fazia parecer
ser multitarefa. multiusuário, permitindo
compartilhamento, ou seja, possibilitando que várias aplicações
sejam executadas de modo independente e concorrente por diferentes
usuários. Assim, eles podem compartilhar não apenas o equipamento,
mas também programas e perifériccos como impressoras. multiplatafotma, e que
poderia ser instalado em qualquer computador, qualquer
que fosse a sua marca ou modelo, ou seja, deveria suportar
diferentes arquiteturas de hardware.
Mas os recursos computacionais existentes ainda não eram suficientes
para executar o projeto, chamado de MULTICS, (Multiplexed
Information and Computing Service). Entretanto, em 1969 a
empresa Bell Labs abandonou o projeto e, depois, em 1970, a
Honeywell comprou a divisão computacional da General Eletric. Como o
MULTICS funcionava nos mainframes GE-645, com a compra, a série 600
dos mainframes GE foi atualizada e renomeada para Honeywell 6180
Series.
O MULTICS era um sistema que se destinava a servir centenas de terminais
burros simultaneamente. Portanto, as pessoas comprariam esses
terminais para suas residências, e o uso seria tarifado, por meio de
uma conta mensal, como as de água ou luz.
Mas, isso não deu certo e o MULTICS passou a ser usado para fins
educacionais e processamento de informações. Seus recursos foram
reutilizados em vários outros sistemas, até no System/360, da
IBM.
É preciso lembrar que nos anos 40 e 50 era necessário que o usuário
enviasse ao centro de processamento de dados um "job" em
cartões perfurados, para que estes fossem processados. Depois de uma
série de correções e submissões, o usuário podia buscar a listagem
que continha os resultados do seu programa. Só em agosto de 1969,
Ken Thompson e Dennis Ritchie, que estavam
fora do projeto com a saída da Bell Labs, mas tinham continuado a
estudar o MULTICS, tentavam criar um sistema que funcionasse em um
computador menor e que pudesse rodar programas,
dispensando todo esse trabalho.
Assim, criaram um sistema operacional para um computador DEC PDP-7,
que estava parado. O sistema era baseado no MULTICS, mas de porte
bem menor e utilizava a linguagem de montagem Assembly e
foi denominado UNICS - Uniplexed Information
and Computing Services.
Em fevereiro de 1971, o sistema operacional passou a
ser desenvolvido no minicomputador PDP-11, da "DEC" (Digital
Equipment Corp).
Em novembro foi lançada a primeira edição do “Manual do Programador
UNIX”.
Um fator que influenciou na popularidade do UNIX foi ter funcionado
sob uma licença livre em seus primeiros anos, tendo sido
distribuído gratuitamente em 1974 para universidades e
órgãos governamentais dos EUA, garantindo que o UNIX fosse aceito
por outros usuários, inclusive não pertecentes ao "Bell Labs", e
começasse a ser utilizado por mais e mais pessoas. Apenas após
algum tempo a licença se tornou proprietária.
Em 1971 saiu a primeira versão do UNIX, o V1, criada em
Assembly e em um computador PDP-11 da Digital, já incluindo sistema
de arquivos.
Mas, como a linguagem Assembly não permitia que qualquer programa
pudesse ser convertido facilmente, com poucas ou nenhuma modificação
no código-fonte e para qualquer plataforma de hardware, Ken
Thompson criou a linguagem de programação BCPL, chamada
popularmente de B, e que possuía as funções básicas:
um editor de texto, um montador ou assembler, que transforma a
linguagem assembly em linguagem de máquina e um interpretador de
comandos, um shell.
Vídeo: Historia do UNIX -
legendado http://br.youtube.com/watch?v=sJKh8yq1Qdg
(acessado novamente em 02/09/2009)
(Unix é um sistema operacional portável, multitarefa e multiusuário
originalmente criado por Ken Thompson e Dennis
Ritchie, que trabalhavam nos Laboratórios Bell da AT&T. A
marca UNIX é uma propriedade do The Open Group, um consórcio formado
por empresas de informática.)
Só em 1972 o sistema recebeu o
nome pelo qual se tornou conhecido. Curiosamente, o nome UNIX foi dado por Brian
Kernighan, outro pesquisador do "Bell Labs".
Logo Dennis Ritchie, melhorou
ainda mais a linguagem B, criando a C, uma nova
linguagem de programação de alto nível e flexível. E com ela
reescreveu o UNIX, em 1973, para os muitos tipos de hardware.
Agora, bastava apenas que o compilador C fosse portado para novas
arquiteturas, facilitando o desenvolvimento de novos programas
para diferentes aplicações. Logo apareceram programas que permitiam
sistema de cota de disco, FTP, e-mail, WWW, DNS, possibilidade de
diferentes níveis de acesso, de executar programas em background,
etc.
É importante notar que enquanto o DOS ainda era um sistema
operacional monousuário e monotarefa, o UNIX já era um
sistema operacional multiusuário e multitarefa,
pois:
Multitarefa significa executar
os processos sequencialmente tão rapidamente, que parecem estar
sendo executados simultaneamente. O UNIX escalona sua
execução e reserva recursos computacionais para os processos
ocorrerem, tais como espaço em memória RAM, espaço no disco rígido,
intervalo de tempo de processamento, prioridade de execução, etc.
Multitarefa preemptiva: Quando
termina o intervalo de tempo reservado para a execução de um
processo (chamado quantum), o UNIX suspende a execução,
salva as informações necessárias para a execução, para que ele possa
ser retomado posteriormente, e começa a executar o próximo processo
da fila de espera. O UNIX também determina quando cada
processo será executado, a duração de sua execução e a sua
prioridade sobre os outros.
Multiusário: é um sistema
capaz de executar, concorrente e independentemente, várias
aplicações pertencentes a dois ou mais usuários. Ou seja, o UNIX
permite que diversos usuários utilizem um mesmo computador
simultaneamente, geralmente por meio de terminais.
Mas, apesar do compilador C ser eficiente e
rápido, só gerava código objeto para o computador PDP-11. Então, Steve
Johnson, também do Bell Labs, projetou e implementou um
compilador C portátil, que pode ser personalizado para gerar código
objeto para qualquer plataforma, em vez de escrever um compilador
para cada marca ou modelo.
Durante muitos anos quase todos os compiladores C eram baseados no
projetado por Johnson, o que facilitou a difusão do Unix e seu
emprego em novas arquiteturas.
Devido à sua grande confiabilidade,
variantes desse sistema passaram a ser usadas por outros
usuários, inclusive não pertencentes ao "Bell Labs" e até em
computadores de grande porte.
Em 1974 a Universidade da
Califórnia, em Berkeley, recebeu uma cópia do UNIX, em
janeiro e professores e alunos começaram a fazer modificações ao
sistema. Interessante é nota que adicionaram vários utilitários ao
Unix, como novos editor de texto e um shell, além de compiladores
Pascal e Lisp, entre outros. Essas inovações fizeram com que a
versão oficial da AT&T, o System V deixasse de ser preferida e
muitos fabricantes de computadores basearam suas versões no UNIX de
Berkeley.
Em julho, Dennis Ritchie e Ken Thompson publicaram um artigo
no jornal mensal da "Association for Computing Machinery" - ACM,
classificando-o como um sistema operacional para fins múltiplos,
sendo multiusuário e interativo.
Em 1976 foi criado o protocolo UUCP - "UNIX-to-UNIX-Copy
Protocol", um programa de cópia UNIX para UNIX que
possibilitava a transferência de arquivos, o uso de e-mail dentro da
rede Usenet, por Mike Lesk nos Laboratórios Bell
da AT&T.
Muitas redes passaram a utilizá-lo para o envio e recebimento de
mensagens por e-mail, conferência, login remoto e transferência de
arquivos.
Em 1977 uma versão melhorada
do protocolo UUCP por Lesk, David Notiwitz e Greg
Chesson foi lançada com o UNIX 7. Uma das redes que
usaram o UUCP foi a Theorynet foi criada por Lawrence Landweber,
Richard DeMillo e Richard Lipton na Universidade
de Wisconsin. Nesse mesmo ano essa rede já possibilitava o uso de
e-mail para mais de 100 pesquisadores.
Ainda em 1977, a AT&T fez grandes modificações
no UNIX, tanto para uso próprio, como com finalidade comercial, e
passou a lançar novas versões como o “System III” (1978) e
o “System V” (1983), inclusive em hardware que não era da
marca "DEC", como "Interdata 8/32" e "IBM 360",
demonstrando a fácil migração para outras marcas de computadores.
Peter Weiner, um cientista de Yale e fundador da
"Interactive System Corporation" conseguiu licença da AT&T para
transportar e comercializar o sistema no computador "Interdata 8/32"
para ambiente de automação de escritório.
Então, a BBN desenvolveu o primeiro TCP.
Em 1978 um estudante da Universidade de Berkeley,
(Califórnia) Bill Joy, distribuiu cópias do sistema
operacional 1BSD- "Berkeley Software Distribution",
inclusive com algumas funções adicionais. Era um UNIX
rival ao da AT&T, que processou a universidade. O veredito a
favor da Universidade de Berkeleysó apareceu na década de 90.
Mas, nesse período, partes do BSD foram totalmente reescritas, para
não conter os códigos patenteados da AT&T, e permitiu que
as versões baseadas no System V se consolidassem no mercado
corporativo e o BSD permanecesse no meio acadêmico. As variantes do
BSD acabaram por incluir sistemas como FreeBSD, NetBSD, Open BSD,
NeXTstep/OpenStep, DEC Ultrix, SunOS e Mac OS X.
Em 1979, na Universidade da Carolina do Norte, Tom
Truscott, Jim Ellis e Steve Bellovin
criaram a Usenet ( UNIX User Network
) também utilizando o UUCP. Nessa rede as mensagens, ou artigos,
estavam separados em assuntos de interesse. Cada grupo foi chamado
de "Newsgroup".
Na Universidade de Essex, Richard Bartle e Roy
Trubshaw lançaram o primeiro MUD, que misturava
RPG, "Role Playing Game" com um canal de conversa em tempo real.
Também a partir de 1979, surgiram implementações comerciais do Unix
para servidores: Sun OS (da Sun, posteriormente rebatizado para
Solaris), HP/UX ( da HP) e AIX (da IBM), Xenix (da Microsoft), e
várias outras. Como cada empresa fazia modificações, as versões
ficavam um pouco diferentes entre si. Então, o Unix não era mais "o
UNIX”, um sistema operacional, mas sim “um UNIX”, um tipo
de sistema operacional.
Em 1980, o 4BSD foi a primeira versão de um
sistema UNIX a incorporar o protocolo TCP / IP. A fácil ligação em rede de
máquinas UNIX, outra característica desenvolvida em Berkeley,fez com
que esse protocolo de rede se tornasse o padrão, com uma utilização
muito maior que a dos padrões oficiais, como o OSI.
Outro melhoramento do 4BSB foi o uso da memória virtual e da
paginação, permitindo que os programas fossem maiores que a memória
física, dividindo-os em páginas que iam e vinham da memória,
conforme a necessidade.
Em 1982 foi criada a empresa "Sun
Microsystem" por Bill Joy e outros egressos das
universidades de Stanford e de Berkeley.
A Sun popularizou o sistema operacionalUNIX,
versão BSD, e facilitou em muito a utilização de
computadores em redes locais baseadas no protocolo TCP/IP.
Também introduziu o "Network File System", NFS, baseado em
um protocolo que a empresa tornou público. A NFS possibilitou o
compartilhamento transparente dos discos de vários computadores numa
rede local, permitindo a visão de uma rede heterogênea como um
sistema único.
Nesse mesmo ano foi criada a EUnet
- European UNIX Network.
Em 1983, em 1º de janeiro, a
ARPAnet mudou seu protocolo NCP para o TCP / IP ("Transmission Control
Protocol / Internet Protocol"), a linguagem comum usada por todos os
computadores conectados à rede até hoje.
Muitos pesquisadores de ciência da computação já usavam UNIX
BSD e a estratégia de incorporar o protocolo TCP / IP no
sistema operacional da comunidade de pesquisa foi um dos
elementos-chave da adoção da Internet.
A transição tinha sido cuidadosamente planejada durante alguns anos
e foi bem sucedida, apesar de requerer que todos os servidores que
estavam ligados fizessem a mudança ao mesmo tempo.
O TCP/IP já havia sido foi adotado como um padrão militar três anos
antes, em 1980. Assim, já havia uma separação das comunidades
militares e não-militares. A mudança do NCP para o TCP
/ IP permitiu dividir a ARPAnet em
MILnet para suportar as
organizações militares e ARPAnet para dar base às
necessidades de pesquisa.
Paralelamente, foi desenvolvido o "Name Server" na Universidade de
Wisconsin; estações de trabalho se tornaram acessíveis e houve um
grande crescimento de redes locais.
A"AT&T" vinha alterando o UNIX,
e já havia lançado o System III. Em 1983, após mais uma
série de modificações, foi lançado comercialmente o UNX System
V, que se tornou o padrão internacional do Unix. Era um
sistema operacional caro e usado em computadores poderosos (como
mainframes) por empresas como IBM, HP, Sun etc. Assim, o UNIX
System V, se tornou a base para o AIX da "IBM" e o HP-UX,
da "Hewlett-Packard - HP".
Ken Thompson e Dennis Ritchie receberam o prêmio
da ACM pelo desenvolvimento de uma teoria de sistemas operacionais
genéricos e pela implementação do UNIX.
Também em 1983Richard
Mattew
Stallman, um programador que trabalhava como pesquisador em
inteligência artificial no MIT ("Massachusetts Institute
of Technology") desde 1971, teve dificuldades em usar uma
impressora cedida pela Xerox, devido a um pequeno problema em um
driver.
Ele se colocou à disposição dos fabricantes para realizar os ajustes
necessários, solicitando para isto o código fonte destes drivers.
Para seu espanto, seu pedido foi negado com a justificativa de que o
código fonte não poderia ser dado ao conhecimento de
terceiros por conter “segredos comerciais” da empresa. Foi, então,
obrigado a aguardar a assistência técnica para a solução do
problema, o que o indignou.
É importante lembrar que no início dos anos 80 estava acontecendo um
processo em que quase todos os programas existentes passaram a ser
propriedade de alguém ou de uma empresa.
Stallman abandonou seu emprego ao constatar que patentes e direitos
autorais negavam acesso ao código fonte dos programas e, também,
restringiam atividades que os programadores sempre haviam usufruído,
antes do mundo da informática dedicado ao software ser dominado por
grandes empresas:
executar programas sem restrições,
conhecer e modificar programas e
redistribuir esses programas na forma original ou modificada entre
os amigos e a comunidade.
A partir deste evento, Stallman idealizou o movimento do Software
Livre, desenvolvendo o conceito de copyleft, em que cópias
podem ser feitas e modificadas, mas sempre sob a mesma licença, objetivando
respeitar as quatro liberdades que fundamentam o software
Livre:
liberdade 0: pode-se executar o programa, para qualquer
propósito,
liberdade 1: pode-se estudar como o programa funciona, e
adaptá-lo para as próprias necessidades,
liberdade 2: pode-se redistribuir cópias a quem as deseje
e
liberdade 3: pode-se aperfeiçoar o programa, e liberar os
aperfeiçoamentos, para que toda a comunidade se beneficie.
Assim, Software Livre trata de liberdade, Mas, liberdade para
quem? Para todo e qualquer usuário.
Em 27 se setembro de 1983, utilizando um e-mail, Stallman
anunciou o Projeto
GNU - GNU is not UNIX, e começou a escrever o
sistema pelos utilitários. O anúncio do projeto, traduzido, pode ser
visto aqui.
E em 4 de outubro de 1985 registrou a Free Software Foundation uma
entidade sem fins lucrativos em um cartório de Boston,
Uma meta desse movimento é obter um sistema operacional similar
ao UNIX, porém composto por software livre. E, também, todos
os programas necessários para bem se usar um computador,
resguardando aquelas liberdades que os programadores conheciam antes
das restrições empresariais. Portanto todos deveriam estar sob licenças livres.
A fundação tem como objetivo não só a eliminação de restrições sobre
a cópia, a redistribuição, o entendimento e a modificação de obras.
Esse rompimento de monopólios deve ser feito por meio de
um empreendimento coletivo e, em grande parte, voluntário.
Portanto, para entender o conceito, deve-se pensar em "liberdade
de expressão", não em "almoço grátis".
Software Livre" é uma questão de liberdade, não de preço.
Essa ideia, que hoje se espalha por todo o mundo, atingindo outros
tipos de conteúdos, como os artísticos, literários, musicais,
científicos e jornalísticos, é parte do movimento pela cultura
livre, "free culture", que abrange todos os produtos
culturais, pregando a reprodução e modificação livres para
qualquer usuário.
Em 1986Rich Rashid e outros na Universidade de
Carnegie Mellon criaram a primeira versão do Mach, um
kernel substituto para o BSD UNIX, com o objetivo de criar
outro sistema operacional com boa portabilidade e segurança forte e
que poderia utilizar aplicações multiprocesso.
No mesmo ano a "Sun Microsystems" e a "Bell
Labs" anunciaram planos para desenvolver um sistema que unificaria
as duas principais distribuições UNIX.
Em 1987, Andrew Stuart Tanenbaum, um professor
formado pelo MIT, atuando na Universidade Vrije, em Amsterdam,
Holanda, escreveu o MINIX (um mini-UNIX) para o IBM PC.
Tratava-se de um clone do UNIX, gratuito e com
código aberto, para ser usado em aulas de ciências da computação e
para quem quisesse estudar o Unix "em casa".
Tanenbaum partiu do “zero”, reescrevendo o código totalmente.
Portanto, apesar de ser uma versão do UNIX, o MINIX não contém
código da "AT&T" e pode ser distribuído gratuitamente.
O código fonte cabia em um conjunto de disquetes. E rapidamente,a
USENET, por meio do newsgroup comp.os.minix, popularizou o
sistema.
MINIX e Linux divergiram, e ambos continuam a ser
desenvolvidos, O MINIX como um sistema educacional e agora
também como um sistema
de produção. O foco está na construção de um sistema operacional
altamente modular, confiável e seguro. Está disponível, sob licença
BSD, em http://www.minix3.org/,
gratuitamente.
Em 1988, "IBM", "DEC", "HP", "Apollo"
e várias outras empresas de computação formaram a "Open Software
Foundation - OSF" ( Fundação de Software Livre) para produzir
um sistema que estivesse de acordo com todos os padrões vigentes,
mas que também contivesse características adicionais, como uma
interface gráfica, um sistema de janelas, processamento distribuído
etc. Ou seja, o objetivo era uniformizar as características dos
sistemas UNIX, já que ocorreram muitos cruzamentos e acréscimos
entre as versões da AT&T e de Berkeley, resultando em uma
confusão de versões.
Então, a AT&T e seus parceiros formaram o grupo UNIX
International - UI. O IEEE(Instituto de Engenheiros Elétricos
e Eletrônicos) começou a desenvolver o padrão POSIX -
Portable Operating System Interface for UNIX. Assim, o
POSIX garantia que quem escrevesse um programa para UNIX teria
certeza de que, se só usasse os procedimentos definidos pelo padrão,
seu programa ia rodar em qualquer sistema UNIX que também seguisse o
padrão.
Em 1989 os Laboratórios UNIX Systems da "Bell
Labs" lançaram o System V Release 4 (SVR4), em colaboração com a
"Sun", unificando vários sistemas UNIX: System V, BSD,
SunOS e Xenix.
Em 1990 a "Open Software Foundation - OSF" lançou
o OSF, baseado em Mach e BSD.
No início da década de 1990, a AT & T vendeu o código UNIX para
a Novell, que vendeu parcialmente alguns dos direitos do código UNIX
à Santa Cruz Operation. No ano 2000, a Santa Cruz
vendeu o UNIX para a Caldera Systems, que mudou seu nome para SCO.
Atualmente, UNIX (ou *nix) é o nome dado a uma grande família de
Sistemas Operacionais, que partilham muitos dos conceitos dos
Sistemas UNIX originais, sendo desenvolvidos em torno de padrões
como o POSIX. Alguns deles são: BSD (FreeBSD, OpenBSD e NetBSD),
Solaris (anteriormente chamado de SunOS), IRIX, AIX, HP-UX, Tru64,
Linux (nas suas centenas de distribuições), e Mac OS X (baseado em
um kernel Mach BSD chamado Darwin). Existem mais de quarenta
sistemas operacionais *nix, sendo executados, em diversos tipos de
equipamento, de relógios de pulsoaté supercomputadores.
Paralelamente, em 1991 um novo kernel , ou seja,
um núcleo sob o sistema operacional que
gerencia aplicativos e funções como drivers, memória e sistema de
arquivos, de um novo sistema operacional com código aberto, foi
publicado por Linus Benedict Torvalds, na época um
estudante de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki na
Finlândia.
Torvalds foi uma das pessoas que havia conhecido o sistema MINIX e em 5 de outubro de 1991, anunciou a
versão 0.02 desse sistema operacional. Ele divulgou uma mensagem no
newsgroups comp.os.minix, na qual informou que estava
fazendo como "passatempo" um sistema livre e menor que o GNU:
“... Estou trabalhando em uma versão gratuita de minix para
computadores AT-386. Por quê? Porque esse é um programa para hackers
feito por um hacker”.:
O novo sistema inicialmente utilizava o sistema de arquivos MINIX,
mas não era baseado no código do MINIX de Andrew Stuart Tanenbaum.
Logo estudantes em geral e hackers. que não queriam gastar dinheiro
com equipamentos caros, aderiram ao Linux que, junto com o FreeBSD,
permitiu que computadores pessoais substituíssem estações
de trabalho e servidores.
O talento e os esforços dessas pessoas espalhadas pelo mundo todo
geraram um enorme número de sistemas, que são chamados de
distribuições
Linux.
Hardware e
software passaram
a ser desenvolvidos para o sistema e logo, pessoas não estudiosas de
Informática começaram a dispensar sistemas operacionais
proprietários e passaram a usar uma das muitas distribuições Linux
livres e gratuitas.
Vídeo: Vídeo: Linux - 20º Aniversário - Legendado http://www.youtube.com/watch?gl=BR&v=3sKkUSRhAAU
(acessado novamente em 22/10/2014)
(Vídeo da “Linux Foundation" conta a história desse sistema
operacional, para comemorar o 20o. aniversário do Linux).
É importante notar que Torvalds continuou trabalhando até
disponibilizar a versão 1.0 em 1994. E que continua até
hoje. coordenando o esforço coletivo de milhares de pessoas que
contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux.
O Linux segue o padrão POSIX, ou seja, respeita a padronização para
sistemas com extensões System V e BSD. Assim, o Linux é parecido com
UNIX, mas não foi escrito da mesma maneira e vem de outro lugar.
Seu código fonte está disponível na Internet e é licenciado sob os
termos da GPL,
assim pode-se realizar instalações e cópias diversas sem nenhuma
restrição. Atualmente conta com a colaboração de milhares de
desenvolvedores voluntários espalhados pelo mundo todo, além de ter
o apoio de empresas como a IBM. Embora o Linux seja forte em
servidores desde o final da década de 1990, a utilização
desse sistema em desktops é algo relativamente recente. Mas milhões
de usuários empresariais e domésticos atualmente usam alguma distribuições
Linux.
O mesmo Linux que é executado em um supercomputador pode rodar em
uma simples placa eletrônica, pois o Linux suporta uma grande
variedade de arquiteturas e processadores.
Assim, atualmente, o Linux é usado em muitos dispositivos
eletrônicos, como TVs, geladeiras, smartphone, receptores de TV por
satélite, na automação de carros e etc.
Também em 1991 a Sun Microsystems lançou o Solaris,
um sistema operacional baseado no SVR4.
Em 1992 o kernel Linux
foi combinado com o GNU, que já era praticamente um
sistema operacional, com interpretador de comandos e algumas
aplicações, faltando-lhe o "Kernel", ou seja o núcleo do sistema
operacional.
Daí surgiu o sistema operacional GNU/Linux que, muitas
vezes, é chamado simplesmente de Linux.
Em 1993 a AT&T vendeu sua subsidiária "System Labs" e
todos os direitos do UNIX para a "Novell". No
mesmo ano, essa última transferiu a marca para o grupo X/Open.
A NASA inventou um conceito de computação baseado em
clusters baratos, executando UNIX ou Linux em uma rede
TCP/IP, o Beowulf.
Também em 2001, a Apple lançou a décima versão
do sistema operacional Macintosh, o Mac OS X, adotando uma
implementação do sistema UNIX como kernel. O OS X
provavelmente foi bastante copiado por outros sistemas operacionais.
Muitos afirmaram que o "Aero" do Windows Vista, lançado pela
Microsoft anos depois, era uma cópia do "Aqua" do OS X.
Em 2002 "The Open Group" anunciou a "Single UNIX
Specification", a versão 3 das especificações únicas para UNIX,
anteriormente chamada de Spec 1170.
Em janeiro de 2005, o projeto OLPC - One
Laptop Per Child (Um Laptop por
Criança), desenvolvido pelo especialista em tecnologia Nicholas
Negroponte do MIT (Massachussets Institute of Technology) foi
apresentado ao governo brasileiro no Fórum Econômico Mundial, em
Davos, Suiça.
O OLPC foi um projeto educacional para a criação de um notebook
barato (com preço em torno de US$100,00) cujo objetivo era difundir
o conhecimento e novas tecnologias para todas as crianças do
planeta.
O laptop deveria ser uma máquina energeticamente eficiente, durável,
não comercializado em lojas. Assim deveria auxiliar muitas nações a
saltar décadas de desenvolvimento, pois ajudaria a transformar,
imediatamente, o conteúdo e a qualidade do aprendizado de suas
crianças, e deveria ser usada por alunos da rede pública de ensino,
não sendo comercializado em lojas.
Um protótipo da máquina foi apresentado em novembro, por Negroponte
e o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em Tunis. Então, os
seguintes países estavam comprometidos com o projeto: Argentina,
Brasil, China, Egito, Índia, Nigéria e Tailândia.
Também nesse ano, a Apple, que já tinha migrado do sistema
MacOS antigo para o OS X, que é um sistema UNIX, derivado
do BSD, passou a usar processadores Intel em toda a sua linha de
desktops e notebooks.
Ainda em 2005, o governo brasileiro preparou uma
medida provisória (chamada de 'MP do Bem) que reduziu
impostos para venda de pcs de até R$ 2.500,00 e formulou o
projeto "Computador para Todos", com redução tributária e
financiamento para desktops com Linux como sistema operacional custando
até R$ 1.400,00.
Este "site", destinado prioritariamente aos alunos de Fátima
Conti,
segue as regras da FDL (Free Documentation Licence),
pretende auxiliar quem esteja começando a se interessar por
internet,
computadores e programas, estando em permanente construção.
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