Nas últimas décadas foi criada uma grande
quantidade de formatos
de arquivos
incompativeis entre si.
Assim, uma pessoa que
utilize uma versão antiga do Word (por exemplo, anterior ao
Office 95) não consegue ler documentos do
próprio Word,
mas escritos em uma versão mais atual, como
a do Office 2007.
Portanto, documentos escritos e armazenados com a
mesma terminação doc
porém usando diversas versões do Word,
ou do WordPerfect, podem ser ilegíveis,
não operáveis, se após algum
tempo for necessário ler ou migrar estes
dados.
É importante notar que interoperabilidade
não
é apenas uma questão
técnica, é a base para o
compartilhamento de
informações e conhecimento,
e é também o fundamento para
a reorganização de processos administrativos.
Assim, os formatos de arquivos proprietários e fechados
são causa de problemas.
Um exemplo trágico aconteceu
após o tsunami
de dezembro de 2004 que destruiu regiões costeiras e
vitimou centenas de milhares de
pessoas e animais na Ásia.
As várias equipes internacionais de resgate
que foram auxiliar as vítimas tiveram sua
ação foi prejudicada, pois muitos dos
documentos que tinham que ser lidos e trocados eram
incompatíveis. Diversos programas
editores de texto e de planilhas eram usados. Especialmente
editores proprietários e fechados.
Ficou muito difícil trocar arquivos
tanto
entre versões antigas e atuais do mesmo programa (
Exemplo:
entre Word 2002 e Word 6 ) e
entre
programas diferentes ( Exemplo: entre Word e
WordPerfect) .
Muito tempo foi perdido para resolver esse problema
tecnológico. E, quanto mais o tempo passava,
muitas vidas, humanas e não humanas, eram ceifadas.
Um outro exemplo importante ocorreu quando a
Microsoft introduziu com o Office 2007 novos formatos, não
padronizados, como o docx para o Word, o pptx para o Powerpoint
e o xlsx para o Excel, que geram arquivos menores e mais
flexíveis.
Entretanto, há uma grande desvantagem: estes arquivos
não podiam ser abertos em versões anteriores do
próprio MS Office, ou seja, a penúltima
versão do Word não lê os documentos
escritos na nova versão. Outros editores como o LibreOffice
originalmente também não liam os novos formatos.
Assim, tornou-se claro que ter arquivos em padrões fechados
em instituições governamentais, que devem manter
informações públicas, inclusive por
longos períodos, até dezenas
de anos,
é um grande problema.
Situações como essas evidenciam a necessidade de
manter e usar um padrão aberto de formato de
documentos, que
O openDocument 1.0 foi publicado pelo grupo OASIS
("Organization for the Advancement of Structured Information
Standards"), como um
padrão aberto e padronizado.
ODF significa
Open Document Format
(Formato de documento aberto) e é
um conjunto de regras para a
criação de
diversos
tipos de arquivos.
O ODF surgiu quando a Sun Microsystemas comprou a Star Division, que
fabricava a suíte Star Office, e iniciou o projeto do
OpenOffice. Na época, foi criado um
subcomitê na OASIS, que incluiu profissionais de software
livre e de empresas privadas, para trabalhar com armazenamento
de documentos, baseado na linguagem aberta XML
(eXtensible Markup Language) e tem suporte
em
pacotes como OpenOffice / Br-Office.org,
StarOffice, KOffice e IBM WorkPlace.
Assim, qualquer empresa pode desenvolver produtos com base
nesse padrão e atualmente
há mais de 40 aplicativos que podem manipular o ODF.
Como o ODF é um conjunto de
especificações, para cada
situação é utilizada uma parte delas.
Assim, se aplica a documentos de texto, gerando o formato odt,
de
cálculo (extensão ods)
e de apresentações
( terminação odp).
A adoção do padrão
ODF é uma garantia de
preservação de
documentos eletrônicos sem
restrição no
tempo, um item muito precioso na
administração
pública e privada de longo prazo. É só
imaginar o que pode acontecer se documentos não puderem ser
lidos após algum tempo, simplesmente porque a empresa
proprietária do tipo de arquivo resolveu mudar algo na
criação ou na leitura de seus formatos.
Assim, daqui a 100 anos ou mais, certamente será
possível abrir documentos armazenados em ODF, o que pode
não ocorrer com arquivos binários
e proprietários, que podem se transformar
em verdadeiros hieróglifos, cujo código
pode não ser acessível em alguns anos.
Paralelamente, o padrão ODF possibilita a concorrência,
pois permite adquirir software de mais de um fornecedor,
já que o formato não é propriedade de
uma empresa.
Também possibilita que as pessoas tenham comunicabilidade
e interoperabilidade na troca de
documentos. Obviamente, quando se usa um
padrão aberto a sociedade é o maior
beneficiário já que o texto
digitado poderá ser lido por vários
programas.
Vários
governos estão aprovando a preferência
pelo uso de
formatos abertos para trocar informações e
textos. O ODF é o formato escolhido para documentos pela
Comunidade Europeia.
Portanto, várias outras empresas e
instituições estão adotando
ou
estudando adotar o formato ODF para escrever documentos. Ou,
pelo menos, suportar em seus programas, evitando o favorecimento
de
qualquer fornecedor.
É importante lembrar que os formatos de empresas como a
Microsoft ( .doc, docx, .xls, xlsx, .ppt, pptx ) são fechados, proprietários,
e seguem unicamente os desejos e prioridades daquela empresa. E que,
evidentemente, o monopólio mundial
de software é contrário ao padrão
aberto. Assim, essas empresas tentam impedir que os governos,
instituições e quaisquer pessoas ou empresas
adotem o padrão ODF. (topo)
Resumo
Se desejar ver um pequeno resumo do texto acima, copie
o arquivo ODP,
comprimido em formatozip:
Este "site", destinado
prioritariamente
aos alunos de Fátima Conti,
disponível sob FDL (Free Documentation Licence),
pretende auxiliar quem
esteja
começando a se interessar por internet,
computadores e programas,
estando em permanente construção.
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