Vírus
e cia.
Características gerais dos vírus
O que comumente chamamos de "vírus de computador"
são programas
que possuem algumas características em comum com os vírus
biológicos:
*
são pequenos;
* não funcionam por
si
só. Ou seja, devem infectar um arquivo executável ou
arquivos que
utilizam
macros. Portanto, em geral
o vírus fica escondido dentro da
série de
comandos
de um programa maior;
*
contém instruções para parasitar e criar
cópias
de si mesmo de forma autônoma e sem autorização
específica
(e, em geral, sem o conhecimento) do usuário para isso - eles
são,
portanto, auto-replicantes.
História
Em 1986 foi identificado o primeiro vírus de
computador.
Não existe uma data exata, mas janeiro de 2006 marca o
aniversário de 20 anos do vírus, que foi denominado
"Brain.A".
O Brain era inofensivo, ou seja, apenas se espalhava para outros
sistemas, sem causar danos significativos aos computadores. Entretanto,
logo os programadores criaram versões mais hostis, os
chamados "vírus de boot", que se tornaram um
problema para muitos usuários.
Nessa época, pré-internet, a disseminação
ocoria por meio de disquetes. Assim, passavam-se
meses para que um vírus de computador se espalhasse pelo planeta.
Em 1995, quando se iniciaram as operações comerciais da
Web, eram conhecidos aproximadamente 5 mil vírus. Note-se que o
tempo para que essas pragas se alastrassem permitia às empresas
de programas antivírus
até enviar suas atualizações pelo correio comum.
Mas, tudo mudou com a internet,
pois o ambiente "online" possibilita que milhares de computadores sejam
atacados em poucas horas. ADeve-se considerar que admite-se que
são criados cerca de 10 novos vírus por dia, além
de suas variantes, causando o mau funcionamento de máquinas, a
perda de arquivos e, também, o roubo de
informações. Assim, aconteceu uma explosão na
criação desses programas danosos e, atualmente, já
foram catalogados mais de 100 mil vírus diferentes. Note-se que
os programadores começaram se aproveitando das falhas do sistema
operacional Windows e criaram pragas que varreram a rede,
especialmente
depois da criação de versões de vírus que
se espalham por correio eletrônico, o e-mail.
O "Brain.A" está extinto, assim como muitos vírus
semelhantes a ele. Entretanto, vírus mais potentes circulam pela
internet e, de quando em quando, causam não apenas estragos
localizados, mas conseguem reduzir a eficiência da rede em escala
mundial.
Existem diversas formas de programas danosos atualmente. Uma das mais
famosas é o "verme" (ou "worm",
em inglês), cujo maior objetivo é a rápida
propagação na rede, mas que não causa grandes
danos aos sistemas. Outra é o Cavalo de Tróia (ou "Trojan horse"), que
embute um código que possibilita que um estranho acesse o
computador infectado e envie dados dele para outras máquinas,
sem que o proprietário saiba.
Tipos de Vírus
Vírus
de Boot (Master Boot Record /
Boot Sector Viruses)
Todos os discos e
disquetes
possuem uma área de inicialização reservada para
informações
relacionadas à formatação do disco, dos
diretórios
e dos arquivos nele armazenados (registro mestre
do Sistema, o Master Boot Record - MBR dos discos
rígidos
ou a área de boot dos disquetes -
Boot Sector).
Como
essa área é executada antes de qualquer outro programa
(incluindo
qualquer programa Anti-Vírus), esses vírus são
muito
bem sucedidos. Para esse sucesso também contribui o fato da
infecção
poder ocorrer por meio de um ato simples do usuário: esquecer
um disquete contaminado dentro do drive A.
Como
todos os discos possuem também um pequeno programa de boot
(que determina onde está ou não o sistema
operacional
e reconhece, inclusive, os periféricos instalados no
computador),
os vírus de boot podem se "esconder" em qualquer disco ou
disquete.
A
contaminação
ocorre quando um boot é feito através de um disquete
contaminado.
O setor de boot do disquete possui o código para determinar se
um
disquete é "bootável" ou para mostrar a mensagem:
"Disquete
Sem Sistema ou Erro de Disco". É este código, gravado no
setor de boot que, ao ser contaminado, assume o controle do micro.
Assim
que o vírus é executado ele toma conta da memória
do micro e infecciona o MBR do disco rígido.
A
disseminação
é fácil: cada disquete não contaminado, ao ser
colocado
no drive e ser lido pode passar a ter uma cópia do código
e, nesse caso, é contaminado e passa a ser um "vetor",
ou seja um disseminador potencial do programa danoso.
Vírus de Programa (File Infecting Viruses)
Os
vírus de programa infectam - normalmente - os arquivos com
extensão.exe
e.com (alguns
contaminam arquivos com outras extensões, como os.dll,
as bibliotecas compartilhadas e os.ovl).
Alguns deles se replicam, contaminando outros arquivos, de maneira
silenciosa,
sem interferir com a execução dos programas que
estão
contaminados. Assim sendo, pode não haver sinais
perceptíveis
do que está acontecendo no micro.
Alguns
dos vírus de programa vão se reproduzindo até que
uma determinada data, ou conjunto de fatores, seja alcançado.
Somente
aí é que começa a sua ação.
A
infecção
se dá pela execução de um arquivo já
infectado
no computador. Há diversas origens possíveis para o
arquivo
infectado: Internet, Rede Local, BBS, disquete.
Vírus Multipartite
São uma mistura dos
tipos de boot e de programa, podendo infectar ambos: arquivos de
programas
e setores de boot. São mais eficazes na tarefa de se espalhar,
contaminando
outros arquivos e/ou discos e são mais difíceis de serem
detectados e removidos.
Capacidades extras
Entretanto, para tentar impedir
a detecção pelos anti-vírus algumas capacidades
foram
dadas a qualquer um dos tipos de vírus acima. Assim, cada um
desses
três tipos de vírus podem ter outras
características,
podendo ser:
- Polimorfismo
(em que o código do
vírus se altera constantemente)
Têm
como principal característica o fato de estar sempre em
mutação,
ou seja, esse vírus muda ao criar cópias dele mesmo ,
alterando
seu código. Mas, os clones são tão funcionais
quanto
seu original, ou mais. O objetivo da mudança é tentar
dificultar
a ação dos antivírus, criando uma mutação,
algo diferente daquilo que a vacina procura.
- Invisibilidade
(Stealth, onde o código do vírus é removido da
memória)
Têm a capacidade de,
entre outras coisas, temporariamente se auto remover da memória,
para escapar da ação dos programas anti-vírus.
- Encriptação
(onde o código do vírus é encriptado)
Nesses é muito
difícil
a ação da vacina.
Um caso especial: os vírus de macro
Quando se usa alguns programas, por exemplo um editor de texto, e
necessita-se executar uma tarefa
repetidas
vezes em seqüência (por exemplo substituir todos os "eh" por
"é") pode-se editar um comando único para
efetuá-las.
Esse comando é chamado de macro, que pode ser salvo em um modelo
para ser aplicado em outros arquivos.
Além dessa
opção
da própria pessoa fazer um modelo os comandos básicos dos
editores de texto também funcionam com modelos. Os vírus
de macro atacam justamente esses arquivos comprometendo o funcionamento
do programa. Os alvos principais são os próprios editores
de texto (Word) e as planilhas de cálculo (Excel).
A
disseminação
desse tipo de vírus é muito mais acentuada pois
documentos
são muito móveis e passam de máquina em
máquina
(entre colegas de trabalho, estudantes, amigos e outras pessoas). Ao
escrever,
editar ou, simplesmente, ler arquivos vindos de computadores infectados
a contaminação ocorre. Assim, verdadeiras "epidemias"
podem
acontecer em pouco tempo.
Além disso, os
macrovírus
constituem a primeira categoria de vírus multiplataforma, ou
seja,
não se limitam aos computadores de um certo tipo, podendo
infectar
também
outras plataformas que usem o mesmo sistema
operacional, como os computadores com o sistema Macintosh, por
exemplo.
Um outro agravante em
relação
a esses vírus é a facilidade de lidar com as linguagens
de
macro, dispensando que o criador seja um especialista em
programação.
Isso acarretou no desenvolvimento de uma grande quantidade de
vírus e
inúmeras
variantes, num período curto de tempo.
(Para
obter outras informações sobre proteção
contra
vírus de macro clique aqui).
A infecção
Há
várias manifestações visíveis da atividade
dos vírus: mostrar mensagens, alterar ou deletar determinados
tipos
de arquivos, corromper a tabela de alocação, diminuir a performance
do sistema ou até formatar o disco rígido.
Muitas
vezes a ação de um vírus só se inicia a
partir
de eventos ou condições que seu criador
pré-estipulou:
atingir uma certa data, um número de vezes que um programa
é
rodado, um comando específico ser executado, etc.
Um
vírus pode atingir um computador a partir de diferentes "vetores"
todos previamente infectados: documentos, programas, disquetes,
arquivos de sistema, etc.
Arquivos
executáveis
( __.exe. __.bat, __.com) são particularmente perigosos e
deve-se
evitar enviá-los ou recebê-los. (Obtenha mais
informações
clicando aqui).
Após infectar o
computador,
eles podem passar a atacar outros arquivos. Se um destes arquivos
infectados
for transferido para outro computador, o vírus vai junto e,
quando
for executado irá contaminar a segundo máquina.
Arquivos de dados, som
(.wav, .mid),
imagem
(.bmp,.pcx, .gif, .jpg), vídeo
(.avi, .mov) e os de texto que
não contenham macros (.txt, .wri)
podem
ser abertos sem problemas.
Mas,
tanto o
download (cópia de programas, via http ou ftp) como
o serviço de correio eletrônico (e-mail)
possibilitam
a entrada de arquivos no computador. Assim, a internet
tornou-se um grande foco de
disseminação
de vírus, worms,
trojans
e outros programas maliciosos,
por facilitar em muito o envio e recepção de arquivos (o
que antes era feito basicamente por meio de disquetes).
Como
um dos mais populares serviços da Internet é o correio
eletrônico,
o envio de programas invasores por mail é preocupante.
Como
regra geral pode-se assumir que não se deve executar arquivos
recebidos,
especialmente os arquivos
executáveis,
mesmo que se conheça o remetente e que se tenha certeza que ele
é cuidadoso e usa antivírus atualizado.
Mas,
na quase totalidade dos casos pode-se admitir que a simples
recepção
e a visualização de uma mensagem não contamina o
computador
receptor.
Vírus de E-mail
Até
pouco tempo atrás não existiam vírus de E-mail e
todos os textos que circulavam sobre isso eram Hoax (trotes).
Recentemente
surgiram novos tipos de worm,
que se propagam por mensagens de correio eletrônico e não
necessitam que
se
execute qualquer programa anexado ou não a mensagens. São
conhecidos alguns programas que agem desse modo: KakWorm, Romeu
e Julieta, Davinia e Bubbleboy.
KakWorm
Só ataca as
versões
inglesa e francesa do Outlook, aproveitando-se de um bug de
programação
da Microsoft. Para que a contaminação aconteça
basta
que uma mensagem contaminada seja exibida no "Preview pane" (painel de
visualização), sem necessidade de abrir o mail.
Além de sua
autopropagação,
o principal efeito do KakWorm consiste no desligamento do computador.
Ele
se aloja no final de cada mensagem enviada como se fosse uma assinatura
e todas as mensagens levarão consigo o KakWorm. Em todo
primeiro
dia do mês, às17hs, é apresentada a mensagem:
"Kagou-Anti-Kro$oft says not today!". Em seguida, o computador é
desligado.
Romeu e Julieta
O Romeu e Julieta (ou
BleBla,
Verona, Romeo, Juliet) ataca os computadores que usam as versões
4.0, 4.01, 5.0, e 5.01 do navegador Internet Explorer em computadores
que
usam o Windows 95, 98, Me ou 2000. Ele se autopropaga por meio do envio
de mensagens e causa instabilidades no computador contaminado.
Uma
característica
desse worm é que o assunto (subject) da mensagem que
contém
o vírus varia e é selecionado aleatoriamente entre os
seguintes:
Romeo&Juliet - where is my juliet -
where
is my romeo ? - hi - last wish ???
- lol :) - ,,,... -
!!!
- newborn - merry christmas! -
surprise
! - Caution: NEW VIRUS ! - scandal
! - ^_^ - Re:
-
Romeo&Juliet -
<>
:))))))
-
hello world - !!??!?!? -
subject
- ble bla, bee - I Love You
;)
- sorry... - Hey you !
-
Matrix has you... - my picture from
shake-beer
-
Davinia
O Davinia também
é capaz de contaminar e de autopropagar-se sem a
existência
de um arquivo anexado à mensagem. É danoso pois danifica
todos os arquivos .html e os deixa irrecuperáveis.
Bubleboy
Para obter
informações
sobre o Bubbleboy
clique aqui.
Programas Antivírus
Atualmente, muitos desses programas não são apenas
antivírus,
mas também tem atividade antitrojan, antiworm e antibackdoors.
é
absolutamente necessário instalar um deles (ou mais que um) no
computador
e atualizá-lo freqüentemente.
Felizmente
existem vários programas antivírus bons e gratuitos,
disponíveis na Internet. Importante é notar o uso de
antivírus
exige outras medidas de
prevenção.
Vacinas, as ferramentas de remoção
Muitas empresas desenvolvem outros programas, pequenos, que são
capazes de
eliminar um ou alguns vírus apenas: são as ferramentas de
remoção ou vacinas. Uma particularidade que deve ser
ressaltada é que esses programas não
ficam residentes na memória, ou seja, só
eliminam
os programas nocivos no momento em
que estão sendo executados.
Para se obter uma vacina
deve-se acessar o site da empresa e, nele, a página correta,
copiar a ferramenta e executá-la no computador. (Algumas
ferramentas
estão disponíveis aqui).
Symantec:
http://www.symantec.com/region/br/avcenter/toolslist.html
Medidas gerais de prevenção
Há
um conjunto de procedimentos
gerais de prevenção
contra vírus e outros programas maliciosos que sempre
devem ser realizados (em qualquer computador, especialmente nos
conectados
à Internet).
Essas
medidas podem ser resumidas assim:
1. Jamais executar um
programa
ou abrir um arquivo sem antes executar o antivírus sobre a pasta
que o contenha.
2. Atualizar o seu
antivírus
constantemente (todas as semanas e até diariamente as empresas
distribuem
cópias gratuitas dos arquivos que atualizam a lista dos novos
vírus
e vacinas).
3. Desativar a
opção
de executar documentos diretamente do programa de correio
eletrônico.
4. Jamais executar
programas
que não tenham sido obtidos de fontes absolutamente
confiáveis.
Leia
mais sobre esse assunto, clicando aqui.
Onde obter mais informações
http://www.splitnet.com/index1.html
http://users.sti.com.br/helpdesk/
Este
"site", destinado prioritariamente aos alunos de Fátima Conti,
pretende
auxiliar quem esteja começando a se interessar por internet,
segue as regras da
FDL (Free Documentation Licence),
computadores
e programas, estando em permanente construção.
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e comentários são bem vindos.
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Última alteração: 20 fev 2007