Soneto de aniversário



Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envelhecida

Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura

À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi, amiga minha, esquece...

Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer
e não envelhece.



Feliz aniversário!



Texto de Vinícius de Morais.
Recebi primeiramente de "Edmara" em 2007.






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Última alteração: 2 dez 2013