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Retrato de mãe


Uma simples mulher existe que,
pela imensidão de seu amor,
tem um pouco de Deus.
E, pela constância de sua dedicação,
tem muito de anjo.

Que sendo moça,
pensa como uma anciã,

e, sendo velha,
age com todas as forças da juventude.

Quando ignorante,
melhor que qualquer sábio,
assume os segredos da vida.

E quando sábia,
assume a simplicidade das crianças.

Pobre,
sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama.

E rica,
empobrece-se para que seu coração
não sangre ferido pelos ingratos.

Forte,
entretanto estremece ao choro de uma criancinha.

E fraca,
entretanto se alteia com a bravura dos leões.

Viva,
não sabemos dar valor,
porque à sua sombra todas as dores se apagam.

E morta,
tudo o que somos e tudo o que temos,
daríamos para vê-la de novo,
e dela receber um aperto de seus braços,
uma palavra de seus lábios.

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher,
se não quiserem que ensope de lágrimas esse álbum,
porque eu a vi passar no meu caminho.

Quando crescerem seus filhos,
leiam para eles esta página.

Eles lhe cobrirão de beijos
e dirão que um pobre viajante,
em troca da suntuosa hospedagem recebida
aqui deixou para todos o retrato de sua própria mãe.



Feliz dia das mães!






Texto de Dom Ramon Angel Jara,
bispo de La Serena - Chile
Traduzido por Guilherme Almeida.
Recebi de "lizegrez".






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Última alteração: 9 mai 2010